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Spray de Pimenta Noir
(Letra e música: Cris Campos, Beto Pio e Ramúzyo Brasil)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ensaio sobre o fim do mundo*





Senhor, o mundo vai acabar mesmo?
Depende do que você chama de mundo, o seu?
Hum... nem sei mais perguntar.
Bem, pra acabar com essa conversa, vai sim.
Meu Deus.
Seu?
Héeer....
Tá, sou seu também, mas achei em alguns momentos que ja não o era mais.
Perdão.
Já estava perdoado antes de pedí-lo
Mas, sim, voltando ao assunto, quando será o fim?
Do quê?
Do mundo...
Há...
Tentando explicar vou te dizer que acaba quando termina o processo de aprendizagem, e, cada um tem o seu. Perceba que não dá para acabar antes; as vezes até parece que acabou, mas é só mais uma prova. E creia, quando acaba, tem choro, tristeza, lembranças do que foi e o que poderia ter sido, questionamentos quanto a várias notas... tem até alguns que querem se comparar a outros, o que sempre me é interessante, ja que depois de findado essa etapa não é mais hora de pensar porquê esses carbonos viraram diamantes e aqueles grafite. Vou usar todos. Cada qual naquilo que der para uso.
Parece tudo muito triste e complicado.
Na verdade não é, lembre-se que após cada etapa de evolucão há mudanças, e mudanças assustam vocês. Mas toda vez, depois de um tempinho fazem até festas porque acabou e ja estão em outra turma, outra etapa, outra morada da minha casa. Tudo bem que alguns demoram para sair de um lugar para outro, mas é assim mesmo. Cada um tem seu tempo.
E, esses que viram só grafite?
Hã!???? Isso é metáfora... em parte. Rsss
Ta certo, mas, diamante é bem melhor né senhor?
Depende do uso.
Agora eu que não entendí. Valor é valor senhor.
Vocês e essa mania de julgar. Só EU sei o que me é valoroso. Mas, só para dar uma idéia, pense se dá para escrever com diamante em páginas em branco...
É verdade!
Pois sim vocês ja descobriram várias das regrinhas e nunca lembram delas e aquela " nada se perde, tudo se transforma" é uma das que explicam isso de várias formas.
Mas isso é quimica, ou física, nem lembro....
Isso é evolução.
Continuei sem entender.
Vou falar só de dois lados...os outros você descobre ao longo do tempo.
E tem tantos assim?
Sim.
Humm... ta certo, vou ouvir e tentar entender.
Voltando às metaforas do carbono, ambos, o diamante e a grafite, são feitos do mesmo elemento, com organizaçao diferente.... o diamante, sofreu pressões e temperaturas terríveis para poder se organizar internamente quase à perfeiçao total até poder ficar tão rígido e resistente, mas mesmo ele precisa ser descoberto, e lapidado muito por mãos habilidosas para poder brilhar. Já o grafite, seguiu por outros caminhos e não teve o mesmo destino, entretanto é de excelente uso para ensinar riscando e apagando o quanto for necessário, e até belas obras de arte podem ser feitas com ele. Sem falar que é ótimo para conduzir minhas energias por aí...enfim tem até mais uso que o Diamante.
Mas o diamante é mais nobre e dura mais senhor.
Sim, mas ambos são carbono, e mesmo em formas diferentes, lá na frente, deixarão de ter essas apresentações e voltarão a ser só a energia que um dia emanei. Cada um no seu tempo, claro.
Então tudo um dia acaba?
Sim e não.
Tudo se transforma. E isso é por um lado o fim (de cada mundo ou como queira chamar), mas também um novo começo. Infinitamente.

* Por Rinaldi Campos, meu irmão querido!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Entrevista para a Revista Ótima


Entrevista realizada pela Revista Ótima comigo (Cris Campos), Tássia Campos e Dicy Rocha, pelo jornalista Pedro Sobrinho







"Cris Campos, Tássia Campos e Dicy Rocha vieram para oxigenar e inovar o cenário musical maranhense sem perder o contato com a tradição" - Pedro Sobrinho




Página Cris Campos no facebook

Olá amigas e amigos, estou divulgando minha página no facebook, onde também divulgarei meus trabalhos artísticos, sejam eles na música, performance ou teatro. Aqui vai o link para quem quiser visitar:

https://www.facebook.com/pages/Cris-Campos-cantora-compositora-atriz/168866303170711?ref=hl


Beijo ;)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sobre a questão dos Royalties *



Essa questão dos royalties me faz pensar em coisas como Serra Pelada. Aquele lugar onde hoje só resta um buraco negro e lamacento nas memórias quase apagadas de nossa história recente. Deixando como herança um dano irremediável ao meio ambiente; saúde pública e social no Estado do Pará.

Naquela época, quando o Sul e Sudeste desfrutavam fartamente da mão de obra e matéria prima vinda do Norte e Nordeste, não havia os tais dos royalties.
Pensávamos lá: O que é do Brasil é dos brasileiros!
E quanto às florestas amazônicas devastadas para alimentar a indústria madeireira pesada da construção civil e de móveis? Com certeza algum filho da puta daqui derruba as árvores, mas é óbvio que essas árvores não alimentam o consumo local. Existe um comprador, sim ele, o corruptor, que paga uma miséria para alguém cometer um ato braçal e criminoso por ele. Essa madeira, pelo volume que se apresenta, só pode ter como destino outros mercados que não o local. Não há aqui na região demanda industrial para isso tudo.
Ficam aqui o prejuízo, a poeira, os buracos imensos da extração de minérios, a poluição e a miséria.
Mas os royalties? Ah não! Este é só para o petróleo.
O engraçado mesmo é que isso tudo foi inventado ao mesmo tempo em que foi-se achando mais e mais petróleo no pré-sal.
A justificativa para a existência dos royalties é reparar o impacto ambiental e social que a atividade extrativa do óleo causa, além de prever uma espécie de “aposentadoria” para o dia que o petróleo acabar(!) nessas cidades. E o minério de Carajás também não vai acabar um dia? E o buraco imenso cravado ali em plena selva amazônica, vai fechar sozinho? Como vão ficar os funcionários da Vale depois que todo o minério estiver na China? Não seria o caso de haver royalties também para reparar tudo isso?
Enquanto isso, o prefeito do Rio de Janeiro esbraveja que a administração da cidade vai se tornar inviável com a nova distribuição dos recursos vindas dos royalties, colocando em risco até a realização da copa do mundo e das olimpíadas. Mas esse dinheiro não é para o reparo dos danos que a atividade traz? Em que uma copa do mundo e as olimpíadas podem ajudar nessa tarefa? Está claro que está todo mundo de olho nessa dinheirama e não estão nem aí para o real propósito ao que ele se destina. Com ele vão construir estádios e outras obras eleitoreiras que só tem como objetivo a autopromoção dos políticos que desfrutam de mandato.
Os gananciosos ao ver o ouro negro brotando diante dos seus olhos logo alertaram: É meu!
Até mesmo por lá, cariocas e capixabas estão se engalfinhando para pleitear “igualdade” na distribuição dos tais royalties. Ora, o petróleo é do Estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo e não apenas das cidades que o produz, apregoam eles.
Então, se o Brasil é dos brasileiros e o minério do Nordeste é dos brasileiros, se a madeira da Amazônia é dos brasileiros, se a soja do Centro-Oeste e Nordeste é dos brasileiros, se a energia gerada pelas hidrelétricas que inundaram áreas imensas nessas regiões é dos brasileiros, porque o petróleo, e somente ele, deve pagar royalties para as cidades de onde ele sai?

Dito de um paulista olhando o Brasil daqui do Maranhão, por um outro ângulo.


* Beto Piovacari


Sustentando o pensamento da sustentabilidade...



Quando vejo no horizonte da ilha todos aqueles navios aguardando silenciosamente suas entradas nos portos locais, que partem por conseguinte com ferro, soja, história e suor escorrido das testas alheias, ressignifico meu olhar. 

Obviamente que o discurso do progresso avança e tenta refutar qualquer tentativa de discussão ou ideal oposto ao poder econômico - é a voz desse discurso escondido embaixo do tapete da sustentabilidade que se ouve em qualquer buraco e beira de esquina do conjunto arquitetônico brasiliense desenhado por Oscar Niemeyer. 

As vezes sinto como se tentassem empurrar goela abaixo a sustentabilidade no intuito de levar-nos a acreditar que a mesma é a solução para nossos problemas sociais, econômicos, emocionais e políticos. A tábua da salvação da nossa sociedade contemporânea.

Sopram nos meus ouvidos: 
- Desgasta, desgasta! Mas com consciência, hein?
Daí vem outros questionamentos: O que fazer quando a não consciência é o maior problema humano e se é a falta dela que nos fez chegar onde chegamos?

Consciência... Devemos comprar esse produto na farmácia ou no supermercado?

Cris

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Maré de Sizígia

pintchura de Carol Melo


Quando chegar à noite
Depois de um banho de água de cheiro
Vou me espelhar em cada gota
Do orvalho que costuma refletir no meu corriqueiro
Dia

Perfumo de essência de verdade a minha alma
Seminua

Não é fácil não ser o outro
Não é fácil não seguir a moral e os bons costumes alheios
Afinal
A minha moral e meus bons costumes estão em outra casa
Habitat do amor, do imaginário, do prazer, do respeito e do desapego
Comuns a mim, não comungo ao que vejo.

Hoje sou maré de sizígia
in loveland
Hoje tomarei Winehouse e comerei Joplin e Davis.

19.07.12

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Fotos do show Donturrém? Pronturrái?

Todas as fotos desse álbum são de Carolina Guerra Libério


O coletivo de papelão: criação de Társis Aires e Lucas Jabota



Beto Pio em Performance: "Essa ilha só tem buraco!"




A Serpente vocifera à Ilha de Upaon-Açu!


e serpenteia...


Será que ônibus imaginários são mais decentes que os que enfrentamos aqui?




O touro encantado, rei Sebastião!








A cidade de papelão se ergueu.


São Luís e seus buracos.



Em sua língua diz: "A verdade é que no Maranhão não há verdade!"


SHOW DONTURRÉM? PRONTURRÁI? DO COLETIVO GOROROBA




















quarta-feira, 23 de maio de 2012

Show do Coletivo Gororoba no projeto BR 135 - São Luís




Franklin Nazareno - Coletivo Gororoba


Ramusyo Brasil - Coletivo Gororoba


Cris Campos- Coletivo Gororoba


Rodrigo Sencial - Coletivo Gororoba


Beto Pio - Coletivo Gororoba


Camila Pinto Boullosa - Coletivo Gororoba



Todos os artistas que vão tocar no Projeto BR 135 - dia 06 de junho - Circo Cultural Nelson Brito


Vamos tocar no projeto BR-135!!!

O projeto envolve a realização de shows durante todo o ano de 2012, além de coletâneas em CD e vinil com músicas de artistas da nova cena musical de São Luís.
A estrada que liga a capital maranhense a diversos lugares do país foi escolhida para dar título ao projeto inusitado, pois os artistas maranhenses possuem forte identidade e têm como ponto de partida ou de chegada as influências do Maranhão, seja na poesia, nos ritmos, nas melodias ou nas referências, ou seja, na BR-135.


Serviço:


Projeto BR-135

Shows
- Criolina
- Celso Borges
- Coletivo Gororoba
- Preto Nando
- Souvenir

Data: 06 de junho
Horário: 21h
Local: Circo Cultural da Cidade (Aterro do Bacanga)
Ingresso: R$ 10,00
Informações: (98) 8237-5686
http://www.myspace.com/criolina
http://www.criolina.com.br/

Realização: Projeto Criolina

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vídeo clipe do Coletivo Gororoba

Saiu do forno nosso vídeo clipe!!! Música Spray de Pimenta!!!

Confira aqui: 




Eis que surge a rainha Che Be To a Sou. Confira mais dessa saga em

PRODUÇÂO:
Mídia Dois Vídeo
NUPPI - Núcleo de Pesquisa e Produção de Images do IFMA
Ruber Produções

APOIO
Fábrica Produções
Editar
Espaço Vagalume
Ruber Produções


EQUIPE DO VÍDEO CLIPE
Coletivo Gororoba (integrantes):

Cris Campos - Performer; voz.
Ramúsyo Brasil - Coordenação geral; direção; iluminação; performance; produção e baixo
Beto Pio - Assistência de direção; câmera; iluminação; edição; finalização; performance e sax
Rodrigo Sencial - Performance e violão
Camila Pinto Boullosa - Performance; produção e percussão
Franklin Nazareno - Performance e bateria;
Carolina Guerra Libério - Assistência de direção; iluminação; produção; edição; câmera; projeção de imagens; cobertura fotográfica de cena e making of
...
Ruber - Direção de Arte; figurino; direção coreográfica e maquiagem
Vicente Simão - Câmera e apoio técnico
Israel - Câmera
Nidiram Simões - Produção
Hérica Fernandes - Produção
Eduardo Cordeiro - Projeção de imagens; apoio técnico e produção
Jânia Lindoso - Produção
Cláudia - Cobertura fotográfica e produção
Maria do Carmo - Produção
Eider - Produção
Társis - Cobertura fotográfica e produção
Adson - Cobertura fotográfica e produção
Nilton Nagem - Produção
Alex - Técnico de equipamentos

Gravado no Odeon Sabor e Arte- São Luís / MA

Agradecimentos:
IFMA
Grupo Abluir de Teatro
Fábrika Produções
Espaço Vagalume
Produtora Editar
Ecoofice

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Festa de lançamento do vídeo clipe Spray de Pimenta!

Foto de Nídirram Simões, atriz Cris Campos


A festa de lançamento do vídeo clipe Spray de Pimenta da banda Coletivo Gororoba, será um convite a um passeio por um universo mitológico no qual a rainha Che Be Toa Sou e o rei Gue Ba Na Rei serão os anfitriões.

A banda, composta pelos artistas Cris Campos (vocal e composições), Beto Pio (saxofone, backing vocal e composições), Ramusyo Brasil (contrabaixo, backing vocal e composições), Camila Pinto Boullosa (percussão, backing vocal e composições), Rodrigo Sencial (violão, backing vocal e composições), Franklin Nazareno (bateria) vai apresentar todo o repertório autoral que traz ritmos tradicionais do Maranhão e do Nordeste brasileiro, aliando-os às musicalidades contemporâneas do jazz, do funk, do blues e rock’n’roll .

O show terá a participação musical de Dicy Rocha que será acompanhada pelos músicos do Coletivo Gororoba; O poeta Celso Borges, “apimentado” pelos encantos da rainha, revelará alguns de seus poemas sensuais em sua homenagem; A ilustradora Carolina Mello será a responsável para trazer ao mundo as imagens dosroscotos e o escritor e tradutor Bruno Azevedo em traduzi-los do gororobês arcaico para o português.

Todo o espetáculo será organizado de forma a dar sentido à mitologia sobre a rainha Che Be To a Sou e a estréia ao vivo, durante o show, do primeiro videoclipe da banda: “Spray de Pimenta”. Obviamente que se trata de uma mitologia inventada, porém tão curiosa e instigante quanto outras. O vídeo clipe foi produzido a partir do apoio de diversas empresas e instituições, nominalmente a Midia Dois Video Produções, Ruber Produções e o NUPPI (Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem do Instituto Federal do Maranhão – IFMA), além de contar com o apoio suplementar das empresas Vagalume – Literatura, Arte e Cultura e Fábrika Produções.

O Coletivo Gororoba:

O Coletivo Gororoba: Música, Performance, Imagem, é um movimento de São Luís do Maranhão formado por artistas independentes partícipes das áreas da música, do teatro e da imagem. Depois de vários trabalhos realizados em conjunto, os artistas formaram em 2010 o Coletivo Gororoba, que tem por objetivo primar pela transversalidade das linguagens artísticas. Por este viés os integrantes do Coletivo transitam em distintas linguagens, nos mais diversificados projetos: Shows musicais, vídeo-arte, vídeo-clipe, espetáculos performáticos, teatrais, filmes, etc.


SERVIÇO:

Lançamento do vídeo clipe Spray de Pimenta da banda Coletivo Gororoba

Local: Odeon Sabor e Arte (Rua da Palma, 217, Centro Histórico)

Hora: 22:30

Investimento: 20 reais. Meia-entrada a noite toda.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Show de Afrôs no BR 135






Dia 22 de março, a banda Afrôs fez um show muito massa no Circo da Cidade pelo projeto BR135. Dicy Rocha e Dj Nega Glícia também arrasaram em suas apresentações. O projeto esse mês homenageou o mês da mulher, trazendo na programação só trabalhos puxados por elas. No nosso show convidamos a linda Rosa Reis para uma participação, e foi demais!
Um cadinho das fotos pela nossa querida Carolina Libério.
beijos.